Sérgio Ramos fala sobre a final do Mundial; Gallardo lamenta eliminação do River

Neste sábado, às 14h30, no Zayed Sports Stadium, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, o Real Madrid encara o Al Ain buscando fazer história. Três vezes campeão do Mundial de Clubes da Fifa, os Merengues terão a chance de vencer o torneio pela quarta vez. Além de se isolarem como os maiores vencedores da história da competição, os espanhóis ainda conquistariam a taça pela terceira vez consecutiva, algo inédito desde que a competição foi implementada pela Fifa.

Em entrevista coletiva realizada na véspera da partida, já em Abu Dhabi, o capitão Sérgio Ramos, um dos líderes do atual elenco do Real Madrid, falou um pouco sobra a expectativa para a final e dissertou um pouco também sobre a situação dos jogadores pouco utilizados por Solari até aqui na temporada, casos de Dani Ceballos, Isco e Vinícius Júnior.

- A melhor coisa sobre o futebol é a competição. Eu sempre digo que a competição no elenco é muito forte. Tanto que há jogadores como o Ceballos que quase não jogaram no ano passado. São pequenos detalhes que determinam essas coisas. Como jogadores de futebol, sempre vivemos momentos bons ou ruins. Todos nós queremos jogar sempre, mas sabemos que jogar sempre em um clube como o Real Madrid é muito complicado. – disse o camisa 4 dos Merengues.

_{Foto: Reuters}

Sérgio Ramos mostrou também impaciência durante a sua entrevista coletiva. Perguntado por um dos repórteres que cobriam o evento sobre a possibilidade de José Mourinho – demitido nesta semana do comando técnico do Manchester United – voltar a treinar o Real Madrid, o zagueiro se esquivou e respondeu de maneira ríspida.

- Você quer que o capitão diga quem será o treinador? O Mourinho nos deixou há cinco anos e nós ainda estamos falando sobre ele. O Real Madrid ganhou tudo o que podia ganhar desde então e vocês ainda estão falando dele. Eu não vou entrar neste jogo com vocês. Vamos falar sobre o Solari, que é o treinador e que poderá ser campeão do mundo amanhã. – emendou o capitão madrileno.

O clima durante a entrevista coletiva de Sérgio Ramos não foi nada amistoso e o zagueiro ainda teve que lidar com uma pergunta sobre o ex-companheiro Cristiano Ronaldo, que recentemente disse que o clima no vestiário da Juventus é o melhor no qual já trabalhou. Ramos, desta vez, optou por não entrar em conflito com o gajo, evitando dar uma resposta mais atravessada.

- Esta pergunta deve ser feita para ele e não para mim. Ele que conhece os dois vestiários então é ele quem pode responder. Estamos felizes que ele está se saindo bem na Juventus. Desejaremos sempre o melhor para aqueles que foram importantes para o nosso clube. – concluiu o espanhol.

Para o confronto deste sábado diante do Al Ain, o técnico Santiago Solari ainda não deu pistas sobre uma possível escalação, mas a tendência é que ele repita o time que venceu o Kashima Antlers por 3 a 1 na semifinal do Mundial, na quarta-feira. A única dúvida do treinador para a final é Marco Asensio, que não treinou com o elenco nesta quinta-feira e passará por uma bateria de exames nesta sexta-feira para descobrir se está com alguma lesão. O atacante acusa dores na coxa direita e poderá ser desfalque diante do Al Ain.

MARCELO GALLARDO LAMENTA ELIMINAÇÃO PRECOCE DO RIVER PLATE NO MUNDIAL DE CLUBES

Aquilo que quase ninguém esperava, aconteceu. Considerado o grande favorito para avançar à final do Mundial de Clubes e decidir a taça diante do poderoso Real Madrid, o River Plate decepcionou e se despediu da competição de maneira precoce. O River jogou mal diante do Al Ain nas semis, empatou por 2 a 2 no tempo normal, não conseguiu marcar na prorrogação e ainda perdeu nos pênaltis para os árabes, que fizeram história ao chegar na final do torneio pela primeira vez.

- A análise do ano certamente será muito positiva. Foi algo histórico, com uma vitória na Libertadores diante do Boca Juniors. As coisas são assim. As derrotas nos ensinam. A nos traz aquela sensação de felicidade, mas a derrota nos faz colocar os pés no chão. Estamos muito doídos, mas assim é o futebol. Perder uma partida como essa está dentro das possibilidades. É preciso respeitar o clube vencedor. Há que se respeitar e felicitar o ganhador. E é isso que estamos fazendo. Não foi um vexame. De maneira alguma é uma vergonha perder esse jogo. – declarou um abaladíssimo Marcelo Gallardo, na coletiva pós-jogo, logo após ser surpreendido pelo Al Ain em Abu Dhabi.

O treinador argentino evitou buscar desculpas para a surpreendente derrota, mas admite que todo o imbróglio causado pelos constantes adiamentos do segundo jogo da final da Copa Libertadores acabou desgastando a equipe do River Plate.

- Para quem não viveu no nosso país e na nossa cultura, não entende o desgaste mental que foi a final adiada e depois ter que viajar até Madri. É muito difícil explicar isso. E isso não é uma desculpa. Tudo isso já passou. Com a nossa energia de uma grande vitória, não tem desculpa. Não jogamos a partida de hoje com a determinação que é preciso encarar uma partida decisiva. E por isso, acabamos recebendo este golpe. A responsabilidade é minha, claro. – completou o treinador argentino, tricampeão da Copa Libertadores com o River Plate, duas vezes como treinador e uma vez como atleta.

O River Plate terá na manhã deste sábado a oportunidade de sair dos Emirados Árabes com um prêmio de consolação. Às 11h30, no Zayed Sports Stadium, em Abu Dhabi, o River encara o Kashima Antlers, no duelo pelo terceiro lugar do Mundial de Clubes da Fifa.