Seleção Brasileira volta a jogar mal e amarga 3º empate consecutivo

O clima não anda nada bom na Seleção Brasileira. Desde que o Brasil foi campeão da Copa América, em julho, nada mais deu certo. De lá para cá, foram quatro amistosos contra adversários não tão tradicionais assim e nenhuma vitória. A equipe do técnico Tite amargou três empates e uma derrota neste período, igualando o pior jejum da Seleção Brasileira sob o comando de um mesmo técnico em mais de uma década e meia. Jogando em Singapura, na manhã deste domingo, o Brasil chegou a sair perdendo e ficou apenas no decepcionante empate por 1 a 1 com a Seleção da Nigéria.

Para piorar, além de mais um tropeço, o Brasil ainda viu Neymar sair de campo com apenas 15 minutos de jogo, reclamando de dores na coxa esquerda. O craque foi substituído e preocupa o estafe do PSG para os próximos compromissos da equipe francesa. Neste último ano e meio, o craque brasileiro tem tido uma enorme dificuldade para engatar uma boa sequência de jogos, já que vem sofrendo com muitas lesões.

O PSG soltou em nota oficial que Neymar ficará parado até 4 semanas. O jogador sentiu a coxa no jogo contra a Nigéria, fez exames no dia seguinte e foi constatado uma lesão de grau dois no bíceps femoral esquerda. Forças ao craque! pic.twitter.com/UnAjUBoT7b

— Futmais (@futtmais) 14 de outubro de 2019

Por conta da lesão de Neymar, durou pouco o teste de Tite. Isso porque o técnico da Seleção Brasileira desta vez havia armado a equipe em um 4-2-3-1, com Neymar jogando centralizado, como um camisa 10, municiando Everton, que atuou aberto pela esquerda, Gabriel Jesus, que jogou de ponta direita e Roberto Firmino, centralizado na frente do trio.

A lesão de Neymar obrigou Tite a colocar Philippe Coutinho em campo, na função de 10, que o meia vem exercendo neste início de temporada no Bayern de Munique, seu novo clube. Outra novidade dentre os onze titulares foi a presença de Renan Lodi, destaque do Atlético de Madrid, na lateral-esquerda, preterindo o veterano Alex Sandro.

Assim como foi diante de Senegal, o Brasil criou muito pouco durante a primeira etapa. As chances de gol da Seleção foram poucas e raras. Logo no início do jogo, Firmino recebeu na área, girou e bateu para fora. Aos poucos, a Nigéria foi crescendo e abriu o placar com Aribo, que recebeu dentro da área, deu um drible desconcertante em Marquinhos e bateu forte.

O segundo tempo do Brasil foi melhor. Mais agressiva, a Seleção Brasileira carimbou a trave da Nigéria duas vezes, sempre na bola aérea. Levando a melhor neste tipo de lance, o Brasil chegou ao empate com Casemiro. Depois, o Brasil ainda teve ao menos três grandes chances de virar o jogo. O próprio Casemiro carimbou o travessão em cabeçada, Coutinho viu o zagueiro tirar o seu chute em cima da linha e Richarlison perdeu grande chance, finalizando para fora após ótima jogada de Gabriel Jesus.

Com mais um empate, o terceiro nas últimas quatro partidas, o Brasil chegou a infame sequência de quatro jogos sem vencer, algo que não acontecia desde 2012. No entanto, a última vez que isso aconteceu com o mesmo treinador foi entre 2003 e 2004, época em que a Seleção Brasileira ainda era comandada por Carlos Alberto Parreira.

Apesar de mais um tropeço, o técnico Tite externou em sua coletiva de imprensa pós-jogo a opinião de que a Seleção Brasileira fez um bom jogo diante da Nigéria, podendo inclusive ter vencido a partida.

- O resultado foi insuficiente. Pensando em resultados, a Seleção Brasileira precisa sempre vencer e é isso que buscamos sempre. No segundo tempo, tivemos um grande desempenho. Tivemos posse de bola e criatividade. Faltou efetividade para fazer o gol. Foi um bom desempenho. Se tivéssemos vencido, seria um ótimo desempenho. Houve jogos em que tivemos menos chances e vencemos, mas eu não quero desvalorizar o nosso segundo tempo. As críticas são inevitáveis. Tenho que absorver isso, ainda estamos em fase de preparação. Tenho que pensar no processo. Temos que melhorar. Sei disso. Temos que melhorar em resultado e desempenho. – disse o técnico Tite, em conversa com os jornalistas.

Outro que falou sobre o empate diante da Nigéria foi o zagueiro Marquinhos. Um dos líderes da equipe, o defensor afirmou que a Seleção Brasileira precisa reencontrar o melhor padrão de jogo o mais rápido possível.

- Precisamos melhorar o mais rápido possível. Precisamos reencontrar o nosso padrão de jogo. Sofremos gol nos quatro jogos. Precisamos melhorar no coletivo, para que os individuais possam brilhar. Enfrentamos dois adversários de porte físico muito forte, em um jogo de intensidade. Nossas principais chances foram em triangulações, o nosso ponto forte. No segundo tempo, nós fomos melhores a segunda parte foi boa, apesar do resultado não ter sido favorável. Se tratando de Brasil, precisamos vencer todo jogo. – disse um consciente Marquinhos.

Quem também foi assunto após o jogo em Singapura foi Neymar. Sofrendo com constantes lesões há quase duas temporadas, o camisa 10 mais uma vez se machucou, desta vez sentiu a coxa esquerda e foi substituído com apenas 15 minutos de jogo. Quem falou sobre a gravidade da lesão do craque do PSG foi Rodrigo Lasmar, médico da Seleção Brasileira.

- É claro que a situação dele preocupa. Ele não citou dor muito aguda. Sentiu desconforto. Ele queria continuar, mas sentiu que não estava muito bem e pediu para sair para não ter nenhuma complicação. Precisamos fazer um exame de imagem para saber o que aconteceu, se foi apenas uma fadiga muscular ou se foi algo que requer mais cuidado. – disse Rodrigo Lasmar.

Vale lembrar que no mês que vem, a Seleção Brasileira ainda terá mais dois jogos, para tentar fechar o ano em paz com a torcida. No dia 15 de novembro, o Brasil enfrenta a Argentina em Riad, na Arábia Saudita, enquanto no dia 19 do mesmo mês, o adversário será a Coréia do Sul, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.