Seleção brasileira feminina estreia com pé direito na Copa do Mundo da França

Enfrentando a Jamaica, as brasileiras foram pra cima e não tiveram problemas para bater as adversárias.

Desde o apito inicial, a seleção brasileira se mandou para o campo de ataque. Jogando em um 4-4-2 bem ofensivo, Vadão colocou em campo uma equipe que claramente não sairia sem a vitória. Depois de muita pressão, Andressa Alves recebeu na esquerda e mandou no capricho pra dentro da área, onde Cristiane apareceu para cabecear bem pro fundo do gol.

Com o placar aberto, a Jamaica resolveu um pouco mais para o jogo e assustou a torcida brasileira quando Bárbara saiu mal no cruzamento e a bola sobrou para Shaw, que mandou pro gol de primeira e a goleira conseguiu se recuperar, fazendo a defesa.

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E foi o Brasil que teve a maior chance de voltar a balançar as redes, ainda no primeiro tempo, quando a bola bateu na mão de Swaby em cruzamento de Letícia Santos. Marcado o pênalti, Andressa Alves foi para a cobrança e parou na goleira Schneider, que saiu antes mesmo da batida para o seu canto direito e conseguiu fazer a defesa.

Foi apenas no segundo tempo que a rede voltou a ser balançada. Cristiane tentou logo na volta do intervalo, quando driblou bem a defesa e chutou pra fora, e marcou o 2º logo depois: Andressa Alves recebeu pela direita, mandou pra rasteira pra dentro da área, a bola passou por todo mundo e sobrou do outro lado, onde chegou Cristiane pra tocar pro gol.

A Jamaica chegou a responder através de bolas aéreas e Swaby teve a melhor chance em cruzamento que passou pela goleira Bárbara, mas a jamaicana chegou um pouco atrasada e não conseguiu mandar para o gol: a bola tocou na rede, mas do lado de fora.

Nesse jogo, apenas uma jogadora balançou as redes: Cristiane. Em bola parada, a atacante alcançou o hat-trick com uma pancada no canto da goleira. A bola bateu no travessão e, antes de voltar para a área, pingou dentro do gol. A Seleção Brasileira ainda teve chance de ampliar o placar, principalmente quando Geyse saiu na cara do gol e bateu bem, exigindo que a goleira fizesse grande defesa para evitar o 4º gol.

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Fotos: FIFA / GettyImages pic.twitter.com/Br7IoLuTdl

— CBF Futebol (@CBF_Futebol) 9 de junho de 2019

MESMO SEM MARTA, BRASIL É LÍDER DO GRUPO C

O maior nome da seleção brasileira feminina, Marta Vieira da Silva, ainda não entrou em campo nesta Copa do Mundo da França. Em razão de uma contusão, na parte posterior da coxa esquerda, a jogadora mais vezes eleita a melhor do mundo não pôde entrar em campo para a estreia do Brasil contra a Jamaica.

Foi em um treinamento que Marta se machucou, já pela seleção, apenas 15 dias antes do 1º jogo na Copa. Apesar de ter conseguido se recuperar bem e ter voltado a treinar com as companheiras alguns dias antes da estreia, a comissão técnica entendeu que Marta ainda não está pronta para entrar em campo para um jogo exigente como de Copa.

É provável que a jogadora ganhe alguns minutos na próxima partida, contra a Austrália, ou ao menos no último jogo da fase de grupos, contra a Espanha. Esses serão os jogos mais complicados da seleção brasileira. É que a Austrália, apesar da derrota por 2 a 1 para a Itália em sua primeira partida, chegou como a favorita do grupo.

Marta realizando exercícios de transição para o campo #TRSeleçãoFemininaDia19 pic.twitter.com/DhUjQo6NpY

— CBF Futebol (@CBF_Futebol) 10 de junho de 2019

Guiada por uma craque, Sam Kerr, a seleção australiana tem como maior força o porte físico de suas atletas, o que torna a equipe muito competitiva. Mas a troca recente no comando da equipe, que deixou Ante Milicic com o dever de direcionar a equipe com pouco tempo para se preparar, pode ter custado caro para a Austrália.

Já na estreia, as australianas chegaram a sair na frente na primeira etapa, com gol dela: Sam Kerr. No entanto, a Itália conseguiu encontrar seu melhor futebol no segundo tempo e virou o jogo, que terminou com a vitória italiana por 2 a 1 (os dois gols foram marcados por Barbara Bonansea, meia da Juventus).

Squad. One week to go #FIFAWWC ???????? pic.twitter.com/HYYeArmXIk

— Hayley Raso (@HayleyRaso) 2 de junho de 2019

A seleção italiana perdeu apenas para a Bélgica nas eliminatórias para a Copa, tendo vencido todos os outros seis jogos do grupo e, assim, conquistado a liderança e classificação. Formada, em sua maioria, por jogadoras da bicampeã nacional, Juventus, e mais alguns destaques de Milan e Fiorentina, as italianas mostraram na estreia que serão o maior desafio da seleção brasileira na fase de grupos. Por isso, será importante a vitória brasileira no próximo duelo com a Austrália, pois uma vitória dá tranquilidade para o último jogo, contra a Itália, que soma os mesmos três pontos do Brasil e não deverá ter problemas para vencer a Jamaica.

ARGENTINA EMPATA COM JAPÃO; CANADÁ PASSA POR CAMARÕES

Depois de a Inglaterra ter estreado com vitória sobre a boa seleção escocesa, por 2 a 1, o Japão não saiu de um empate sem gols com a seleção argentina, considerada a mais fraca do grupo. É que a Argentina terminou como 3ª colocada na Copa América, perdendo as vagas diretas para Brasil, que venceu todas as partidas que disputou, e Chile, que perdeu apenas para a seleção brasileira.

Nos Play-Offs, contra o 3º colocado da CONCACAF (Panamá), a Argentina goleou em casa e o empate fora garantiu a classificação para a Copa do Mundo. Sua próxima partida será contra a Inglaterra, que até agora lidera o grupo. Se arrancarem um empate, “las hermanas” terão grande chances de classificação, até mesmo se empatar com a Escócia na última rodada, já que quatro seleções que somarem mais pontos na 3ª posição também avançam para as oitavas de final.

Pelo grupo E, a seleção canadense, uma das favoritas ao título, venceu por apenas 1 a 0 o Camarões, que foi a última seleção africana a se classificar para a Copa e é a zebra do grupo. O gol marcado no final do primeiro tempo serviu para dar os primeiros três pontos ao Canadá, que assistirá o outro confronto do grupo, entre Holanda e Nova Zelândia, com tranquilidade.

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_{Foto de capa: Cristiane marcou três gols para o Brasil na estreia. (DENIS BALIBOUSE/REUTERS)}