River marca nos acréscimos, vence o Athletico-PR e é campeão da Recopa

Não deu para o Athlético. Depois de vencer por 1 a 0 no jogo de dia, o Furacão foi até o temido Monumental de Nuñez encarar o River Plate e conseguiu encarar os argentinos de igual para igual, mas acabou levando dois gols nos acréscimos, perdeu por 3 a 0 e viu o River conquistar o título da Recopa Sul-Americana. Os argentinos venciam por 1 a 0, resultado que levava a decisão para a prorrogação, até que Lucas Pratto fez o gol do alívio, aos 47. Nos minutos finais, o Athletico-PR foi para cima numa espécie de tudo ou nada e acabou levando ainda o terceiro gol, marcado por Suárez.

O River foi melhor do que o Athlético do começo ao fim em Buenos Aires. Depois de perder por 1 a 0 na Arena da Baixada, os argentinos precisavam vencer por dois gols de diferença para ficar com a taça. Como tinha uma grande vantagem, o Furacão optou por se fechar e durante a maior parte do tempo, acabou conseguindo suportar a forte pressão dos Millonários. Nos minutos finais, porém, isso acabou custando caro aos brasileiros, que sucumbiram nos acréscimos e viram os argentinos ficarem com a taça.

O River Plate começou o jogo já mostrando que em casa seria diferente. Em um ritmo alucinante, os argentinos encurralaram o Athlético e passaram a criar chances concretas de marcar. Aos 13 minutos, Borré recebeu dentro da área e carimbou a trave de Santos. O Athlético aos poucos foi conseguindo sair para o jogo e chegou a criar uma chance de gol, mas Lucho González finalizou por cima.

O segundo tempo teve ainda mais pressão do River. Arrojado, Marcelo Gallardo voltou do intervalo com o meia De La Cruz no lugar do volante Palacios. Mais ofensivo, o River seguiu pressionando o Athlético. O Furacão segurava a pressão, até que Pinola finalizou e viu a bola bater no braço de Lucho, dentro da área. Depois de muita reclamação dos jogadores do River, o árbitro optou por checar o lance no VAR e acabou dando o pênalti para os argentinos. Ignácio Fernandez foi para a bola e deu sorte para marcar. O meia bateu, Santos defendeu, a bola ainda bateu na trave e voltou para o próprio camisa 10, que só empurrou para o gol.

A vitória parcial do River levava a decisão para a prorrogação. Mesmo assim, os argentinos continuavam atacando em busca do segundo gol. De tanto pressionar, o River foi premiado com um gol aos 47 minutos do segundo tempo. Em rápido contra-ataque, Lucas Pratto foi lançado e finalizou na saída de Santos para fazer o segundo gol e levar a torcida ao delírio no Monumental de Nuñez. O título estava praticamente definido, mas ainda tinha tempo para mais. Aos 49, Armani deu um chutão em direção ao ataque, Paulo André furou feio e Suárez apareceu livre, para driblar Santos e matar o jogo.

A taça coroa ainda mais o brilhante trabalho de Marcelo Gallardo no comando técnico do River Plate. À frente dos Millonários desde 2014, o treinador argentino conquistou a sua 10ª taça em cinco anos. Quando Gallardo assumiu o comando, o River não conquistava um título internacional há 17 anos. De 2014 para cá, os argentinos conquistaram a Copa Sul-Americana uma vez, a Copa Libertadores duas vezes e a Recopa Sul-Americana três vezes. Além destes seis títulos internacionais, Gallardo conquistou ainda duas Copas da Argentina, uma Supercopa Argentina e uma Copa Suruga.

ABATIDO COM PERDA DO TÍTULO, TIAGO NUNES MOSTRA ORGULHO PELA CAMPANHA DO ATHLÉTICO

O Athletico Paranaense esteve muito perto de fazer história diante do River Plate. Depois de vencer os argentinos por 1 a 0 em Curitiba, o Furacão segurou o ímpeto do River até os acréscimos, mas acabou sucumbindo no Monumental de Nuñez, amargando o vice-campeonato da Recopa Sul-Americana. Apesar do óbvio abatimento com a perda do título, o técnico Tiago Nunes mostrou orgulho pela campanha do Furacão, que jogou de igual para igual com o River Plate durante 180 minutos.

- Eu estou feliz pela luta que o grupo teve. Mesmo com a tristeza da derrota, precisamos ter orgulho do que construímos. Fizemos dois grandes jogos diante de uma grande equipe. Serve de aprendizado para uma equipe que está se tornando maior. A tristeza pelo resultado é normal, até pela expectativa criada. Tivemos uma chance muito clara com o Lucho e tivemos alguns contra-ataques, mas faltou caprichar mais. Ficou aquele sabor que poderíamos ter conquistado o título. – lamentou o treinador, que conquistou a Copa Sul-Americana no ano passado.

O treinador atleticano ainda comentou sobre o polêmico pênalti marcado pelo VAR e falou sobre os gols sofridos nos acréscimos, que acabaram custando caro ao Athlético-PR.

- A equipe do River teve mais chances de gol do que nós. O pênalti não teve como evitar. O Lucho se defende e a bola acaba batendo na mão dele, foi um lance involuntário. O Santos ainda defendeu e teve azar, porque a bola volta no Ignacio, que faz o gol. O que me surpreendeu foi levar o segundo gol, já nos acréscimos. Tive cuidado com as substituições porque já estava contando com a prorrogação, onde teríamos mais uma mudança para fazer. Levamos o segundo gol e o terceiro acabou ficando além da conta do que merecíamos. – concluiu o treinador do Furacão.

Passada a frustração com a perda do título da Recopa Sul-Americana, o Athlético-PR agora volta o seu foco para o Campeonato Brasileiro. Neste domingo, na Arena da Baixada, a equipe recebe o Fluminense pela sétima rodada do torneio nacional.

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_{Foto de capa: Jogadores do River Plate erguem o troféu da Recopa Sul-Americana após vitória sobre o Athletico-PR (Juan Mabromata/AFP)}