Pelo jogo de ida da final da Libertadores, Boca Juniors e River Plate ficam no 2 a 2 na Bombonera

Era para ter acontecido no sábado, mas um forte diluvio tomou conta de Buenos Aires e transformou o gramado de La Bombonera em uma piscina de grama. Sem possibilidade de jogo, a Conmebol anunciou o adiamento do primeiro jogo da final da Copa Libertadores, que passou da tarde do sábado para a tarde de domingo, em Buenos Aires. Agora sim, no domingo, Boca Juniors e River Plate se enfrentaram em um jogão, pela partida de ida da grande final da Copa Libertadores.

Jogando em casa, o Boca saiu na frente duas vezes, mas viu o River Plate buscar a igualdade no placar nas duas ocasiões. O 2 a 2 no placar final fez justiça ao que foi o jogo, onde o River foi mais incisivo no primeiro tempo e o Boca foi superior na segunda etapa. Como na final da Libertadores não existe a regra do gol fora de casa, qualquer empate no jogo de volta – que acontecerá no Monumental de Nuñez – levará a decisão para a prorrogação.

O primeiro tempo foi recheado de emoções na Bombonera. O Boca abriu o placar com Ábila, em rara falha do bom goleiro Armani. Logo na saída de bola, o River respondeu, com Pratto deixando tudo igual. Ainda na primeira etapa, Benedetto – que entrou no lugar do lesionado Pavón – voltou a mostrar que tem muita estrela, deixando o seu, de cabeça. Já no segundo tempo, após cobrança de falta para a área, o zagueiro Izquierdoz acabou desviando contra o próprio patrimônio, marcando um gol contra. No final do jogo, o Boca cresceu e chegou perto de arrancar a vitória, com Benedetto perdendo grande chance já nos acréscimos.

RIVER É MELHOR NO PRIMEIRO TEMPO, MAS BOCA LEVA VANTAGEM AO INTERVALO

O River Plate parecia estar se sentindo em casa jogando no temido Bombonera, estádio do maior rival. Mesmo na casa do Boca, era o River quem criava as melhores chances do jogo. Para tentar surpreender Guillermo Schelotto, o treinador Marcelo Gallardo armou os Milllonarios no 5-3-2, sacando o meia Quintero para a entrada do zagueiro Lucas Martínez.

Mais organizado em campo, o River quase abriu o placar em cobrança de falta de Pity Martínez. No escanteio deste lance, o zagueiro Lucas Martínez subiu sozinho e testou raspando a trave de Rossi. Só dava River e Rossi entrou em ação novamente para salvar cabeçada de Borré. A sorte parecia não estar do lado do Boca Juniors, que logo aos 25 minutos, perdeu um de seus principais jogadores. O jovem atacante Pavón sentiu dores na coxa esquerda e precisou ser substituído pelo predestinado Benedetto.

Curiosamente, o Boca se encontrou no jogo após a mudança. Aos 33 minutos, na primeira chance clara, os Xeneizes marcaram. Escolhido para iniciar o confronto mais uma vez – mesmo com Benedetto e Tévez no banco de reservas – Ramon Ábila retribuiu a confiança de Schelotto com um gol importantíssimo. Aos 33 minutos, ele recebeu na grande área, bateu forte, viu Armani fazer uma defesa estabanada e no rebote, fuzilou. Armani ainda tocou na bola, mas acabou aceitando.

O River Plate respondeu imediatamente. Oito segundos depois da saída de bola, para ser mais preciso. Logo que o juiz autorizou o reinício da partida, Pity Matínez arrancou direto para a frente e deu lindo lançamento longo para Lucas Pratto, que bateu forte, cruzado, para empatar o jogo, quando a torcida do Boca ainda comemorava o tento de Ábila. O gol reanimou o River Plate, que viu Rossi salvar mais uma em finalização de Martínez. Aos 45 minutos, o Boca ainda fez o segundo. Villa cobrou falta direto para a área e Benedetto – sempre ele – de costas para o gol, desviou de cabeça para matar o goleiro Armani.

RIVER ARRANCA EMPATE NO SEGUNDO TEMPO

Depois de um eletrizante primeiro tempo, o ritmo do jogo caiu um pouco na segunda etapa. Buscando o empate fora de casa, Gallardo mexeu no River e abandonou o esquema de três zagueiros ao lançar o meia Ignacio Fernández no lugar de Lucas Martínez. O efeito foi imediato. Logo aos 15 minutos, após cobrança de falta para a área, Izquierdoz – que marcava Pratto – foi tentar tirar de cabeça e acabou tocando contra o próprio patrimônio, estufado as redes de Rossi.

Ainda sonhando com a vitória na Bombonera, Schelotto sacou o cansado Villa para a entrada do ídolo Carlitos Tevez. Logo em uma de suas primeiras chances no jogo, o camisa 23 quase anotou um golaço. Ele recebeu na meia-lua, tabelou com Ábila e soltou uma bomba, raspando o travessão de Armani. O Boca cresceu no jogo e teve uma chance de ouro de sair da Bombonera com uma vitória. Aos 45 minutos do segundo tempo, Tévez invadiu a área e deu passe açucarado para Benedetto, que cara a cara com o goleiro Armani, finalizou de direita, nos pés do goleiro argentino. Grande chance perdida pelo talismã dos Xeneizes.

JOGO DE VOLTA SERÁ NO MONUMENTAL DE NÚNEZ; NOVO EMPATE LEVA DECISÃO À PRORROGAÇÃO

Esqueça a infame regra do gol fora de casa. Não existe isso na final da Copa Libertadores. Sendo assim, qualquer empate no jogo de volta levará a decisão para a prorrogação. Caso a partida permaneça empatada após os 30 minutos extras, o campeão da competição será definido nos pênaltis. O jogo de volta entre River Plate e Boca Juniors acontecerá daqui a dois sábados, no dia 24 de novembro, no lendário Monumental de Nuñez, casa do River Plate, também situado na cidade de Buenos Aires. O Boca Juniors vai em busca de sua sétima conquista da Copa Libertadores, para se igualar ao Independiente, maior vencedor da competição. Já o River Plate, luta para faturar o tetra da competição continental.