Melhores momentos da carreira de um ídolo: Ronaldinho Gaúcho

Um dos melhores jogadores da história do Brasil: Ronaldinho Gaúcho. Para muitos, o simples apelido de “bruxo”. O apelido faz jus, pois ele realmente fazia magia com a bola. E Ronaldinho encantou uma geração nos anos 2000 com a habilidade de dar dribles incríveis, foi o melhor do mundo por duas vezes consecutivas e conquistou muitos títulos em uma carreira brilhante.

Início de carreira

Foi revelado no sul do país, mais especificamente no Grêmio de Porto Alegre. Já encantava desde os primeiros passos da carreira, e inclusive se destacou na equipe gaúcha, com gols e dribles fantásticos (deu um chapéu espetacular em Dunga num Grenal - capitão e campeão do mundo pelo Brasil em 1994). Assim é lembrado até hoje como um dos maiores jogadores do clube gaúcho.

Ronaldinho se destacou tanto que foi para a Europa, mais especificamente para o Paris Saint Germain, da França. Naquele tempo o clube ainda não tinha todo o poder dos dias de hoje, pois o seu setor financeiro ainda não estava tão capacitado, porém ainda assim era um clube de grande fama no futebol nacional.

Lá fez grandes temporadas, fazendo gols magníficos e provando que poderia encantar também em solo europeu, assim num estalar de dedos, com méritos por sua genialidade, já era cobiçado pelos maiores clubes do mundo. Mais especificamente o Barcelona queria “Ronnie” em seu plantel.

Porém, vale destacar talvez o título mais importante da carreira de Ronaldinho: venceu a Copa do Mundo pela seleção brasileira em 2002, com a “família Scolari” (apelido carinhoso dado à seleção do penta). Ronaldinho Gaúcho foi muito decisivo naquela conquista, tendo um papel importantíssimo e formando um time com Rivaldo, Ronaldo, Roberto Carlos e companhia.

Fez um dos gols mais antológicos da Copa. Uma falta contra a Inglaterra de David Beckham e Michael Owen, encobrindo o goleiro adversário. Até hoje ninguém soube da intenção, mas Ronaldinho cobrou uma falta magnífica onde todos pensaram que ele iria cruzar a bola na área. Fantástico. Aquele gol deu a vitória ao Brasil diante da Inglaterra (além de um passe de Ronaldinho para o primeiro gol de Rivaldo), e o resto todo mundo conhece, é história, onde o Brasil seguiu, vencendo a Turquia na semifinal e superando a Alemanha na grande decisão.

Chegada ao Barcelona

Depois de uma Copa do Mundo muito boa foi para o Barcelona, que não vivia bons momentos na época e tinha até dificuldades para se classificar para a Liga dos Campeões. Ronnie chegou para marcar a história do clube, reerguendo assim um gigante que ainda não era tão brilhante. Ronaldinho fez um golaço em sua estreia contra o Sevilla, num empate por 1X1 no Camp Nou. Dominou a bola depois de um passe do goleiro, driblou três e acertou uma bomba no ângulo. A bola bateu no travessão antes de entrar e a torcida blaugrana foi à loucura. Amor à primeira vista.

Depois dali, Ronaldinho foi evoluindo no Barça e chegou um momento em que deslanchou de uma forma que o mundo inteiro parava para assistir. Na primeira temporada não ganhou nada pelo clube, mas as duas temporadas seguintes mostrariam e formariam o melhor jogador do mundo naqueles anos.

Ronaldinho Gaúcho como o principal jogador levou o Barcelona ao bicampeonato espanhol, e ao título que os culés sempre tiveram como obsessão: a Liga dos Campeões em 2006, contra o Arsenal de Henry na final. Aquele título deu ao time e ao jogador um aumento no patamar. A partir dali, falar do Barça era falar do melhor time do mundo. E Ronaldinho foi o responsável por isso. Eleito em 2005 e 2006 como o melhor jogador do mundo, Ronaldinho colecionou lances antológicos, como por exemplo quando deu três chapéus no mesmo adversário, lance que rodou o planeta e levou os fãs a loucura, além disto, deu várias “canetas” e elásticos, lances raros no futebol.

Porém apesar de todo este glamour, ainda assim foi aos poucos deixando de ser o mesmo gênio de sempre. Seu futebol caiu. O ciclo maravilhoso estava acabando.

Milan e o fim da carreira

Até que um dia se transferiu a um gigante italiano: o Milan. Fez grandes exibições e boas temporadas no time de Milão, mas nada como comparado ao Barcelona, e de fato mostrou que já não era mais o mesmo, pois apesar de ainda jogar em bom nível, ainda assim ficou algumas vezes no banco de reservas e já não conseguia desequilibrar as partidas.

Depois resolveu voltar ao Brasil. Ao Rio de Janeiro, especificamente. Foi jogar no Flamengo, o time das massas. Foi bem, quase foi campeão brasileiro pela equipe, e em um momento saiu, para então fazer história no Atlético Mineiro, onde voltou a ter exibições de gala no Campeonato Brasileiro e na Copa Libertadores.

Desta última competição, foi campeão em 2013 numa campanha incrível, onde desde as quartas de final o Atlético reverteu placares adversos no jogando no Horto. Inesquecível. A carreira foi chegando ao fim. Fluminense, Querétaro do México, foram alguns destinos. E, depois de vários anos mostrando uma habilidade de gênio, Ronaldinho Gaúcho anunciou sua aposentadoria. A partir dali, o mundo se despedia de um dos maiores talentos já vistos na história do futebol.

Vale destacar que Ronaldinho Gaúcho era dono de potencial e poderia ter vencido o prêmio de melhorar jogadores do mundo por vários anos, escrevendo seu nome no mais alto patamar do futebol mundial, assim como por exemplo, Messi e Cristiano Ronaldo os quais estão a muitos anos no auge.

Talento nunca faltou para o brasileiro, mas talvez Ronaldinho teve pouco interesse em certo período de sua carreira. Mesmo assim ainda conseguiu voltar para o Brasil e ser campeão da Copa Libertadores, assim além deste torneio continental, ainda venceu a Liga dos Campeões e também a Copa do Mundo, desta forma venceu todas as principais competições do planeta, deixando claro e evidente sua extrema capacidade, a qual sempre ficou nítida dentro das quatro linhas. O futebol e os fãs só têm a agradecer a este gênio que encantou e levou alegria por onde passou.