Eufóricos, jogadores franceses comemoram o bicampeonato Mundial

A França venceu a Croácia por 4 a 2 e conquistou a Copa do Mundo pela segunda vez em sua história. E como consequência disso, o país inteiro está em festa. Sob forte chuva, os jogadores franceses comemoraram o título por horas ainda no gramado do Lujniki Stadium, em Moscou. As comemorações se estenderam para o vestiário e, naturalmente, uma multidão formada por milhares de pessoas recepcionou os heróis franceses na chegada a Paris.

Além dos jogadores e do técnico Didier Deschamps, outro que participou e muito da festa francesa foi o presidente do país, Emmanuel Macron, que esteve no vestiário, cantou com o time, beijou a taça e até arriscou uma dancinha com Pogba. Este último aliás, era um dos mais animados no vestiário francês. Pogba comandou uma “Live” no Instagram e aproveitou ainda para provocar os ingleses, mostrando a taça e dizendo que ela estava “coming home”, referência a música britânica que virou febre. Pogba, vale lembrar, atua no Manchester United. Depois, ao lado de Griezmann, o meia francês cantou a música We Are The Champions, da banda Queen. Nos vídeos, os craques franceses já apareciam vestidos da nova camisa francesa, que conta agora com duas estrelas.

A festa nos vestiários contou ainda com a presença de dois jogadores que provavelmente teriam participado da vitoriosa campanha na Rússia, não fossem as lesões. Dimitri Payet e Laurent Koscielny se lesionaram nas vésperas da convocação de Deschamps e desfalcaram a seleção francesa na Copa. Apesar disso, a dupla foi convidada por Macron para comparecer à final e participaram da festa no vestiário.

“Uruguaio”, Griezmann rouba a cena em coletiva

Um dos principais jogadores da França no Mundial, o atacante Antoine Griezmann roubou a cena na entrevista coletiva pós-jogo, ao aparecer na sala de imprensa com uma bandeira do Uruguai nas costas. O camisa 7 francês tem fortes laços com o país sul-americano. Seu primeiro treinador, no Real Sociedad, da Espanha, era uruguaio. Desde então, o craque francês pegou um carinho pelo Uruguai, o que só foi fortalecido depois de jogar tanto tempo ao lado do zagueiro Godín, capitão do Atlético de Madrid.

Curiosamente, Griezmann foi um dos principais responsáveis por eliminar o Uruguai da Copa do Mundo. Nas quartas de final, França e Uruguai se enfrentaram e o camisa 7 brilhou com um gol e uma assistência. Em respeito ao povo que tanto admira, não comemorou. Quem também recebeu homenagens de Griezmann foram os torcedores do Atlético de Madrid, seu clube.

"Esta bandeira me deram de presente e eu carrego ela pelo resto da minha vida. Dedico este título a todos os colchoneros que tanto me apoiaram e confiaram em mim. Me deram carinho durante todo o ano. Dedico ao Cholo (Simeone), que me ajudou a defender como gosto e também a minha família, meus amigos e todos os franceses", disse Griezmann, durante a sua entrevista coletiva, logo após conquistar a Copa do Mundo.

Criticado, Pogba vai de contestado a herói no título francês

Poucos jogadores entraram na Copa do Mundo precisando provar o seu valor tanto quanto Paul Pogba. Contração mais cara da história do Manchester United, o craque francês ainda não conseguiu mostrar um bom futebol pelo clube inglês. Para piorar, vinha de atuações discretas pela seleção francesa e sua titularidade chegou a ser contestada. Após jogos ruins na fase de grupos, porém, o camisa 6 cresceu demais de produção na fase mata-mata e se tornou um dos pilares do time. Na final, foi um dos melhores em campo na vitória sobre a Croácia.

"Não sei nem o que dizer. Não tenho nem palavras. Vocês estão todos sorrindo agora. Agora estamos contentes juntos e vocês ficaram orgulhosos. Estamos na história. Uma final é para se ganhar. Estamos contentes, fizemos a França inteira vibrar", disse o camisa 6 da França.

No começo da Copa do Mundo, o meia francês deu uma emocionante entrevista, onde garantiu ser o jogador mais criticado do planeta. Agora, ao que parece, os críticos se calaram.

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Jogadores invadem coletiva de Deschamps e dão banho no técnico

O clima não poderia estar melhor na seleção francesa depois da conquista da Copa do Mundo da Rússia. Até a tradicional coletiva pós-jogo de Didier Deschamps acabou virando palco de farra. O treinador francês conversava com a imprensa quando foi interrompido pelos seus jogadores, que o deram um banho no chefe. Extasiados, os atletas cantavam e dançavam e até Deschamps acabou caindo na folia.

"É a terceira vez que eles me jogam coisas. Eu até já me troquei e continuo cheirando mal", brincou o treinador francês.

Antes da “invasão” de seus atletas, Didier Deschamps discutia a histórica conquista francesa com os jornalistas que cobriram a final da Copa do Mundo.

"A França é campeã do mundo. Para mim, isto significa que fomos melhores que os outros. Estou muito orgulhoso. Eles tiveram muito controle mental. Eles fizeram tudo certo hoje. A França é campeã e estará no topo do mundo do futebol pelos próximos quatro anos. Eu não gosto de falar sobre mim mesmo, mas é claro que lembro da minha história. Tive o imenso privilégio de viver isso há 20 anos, como jogador. Esses 23 jogadores estarão para sempre na história. Podem ganhar tudo o que for, mas para um jogador profissional, não há nada como ganhar uma Copa do Mundo. O coletivo é crucial. Podemos falar de talentos individuais, mas o time todo fez bonito. Eles fizeram isso juntos, dentro e fora de campo", completou o treinador francês.

Didier Deschamps entrou para um seleto grupo, que contava apenas com Mario Lobo Zagallo e Franz Beckenbauer. Os três são os únicos homens na história a vencer a Copa do Mundo como jogador e como treinador. O treinador francês, aliás, confirmou ainda que continuará à frente do comando da seleção francesa pelo menos até a próxima Copa do Mundo, que será realizada no Catar, entre novembro e dezembro de 2022.