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Notícias Esportivas
08 Março 2019por Stefano De Luca
É bom o torcedor já ir se acostumando, porque o VAR chegou para ficar. Na tarde desta quarta-feira, o árbitro de vídeo mais uma vez foi decisivo e mudou resultados que pareciam decididos. Os beneficiados pela intervenção do VAR foram o Manchester United – que conseguiu uma épica reviravolta diante do PSG – e o Porto, que bateu a Roma na prorrogação. Os gols salvadores do United e do Porto saíram de pênaltis controversos, assinalados com a ajuda do árbitro de vídeo, nos minutos finais das partidas.
Favoritos por conta das vantagens obtidas nos jogos de ida, Paris Saint-Germain e Roma acabaram sucumbindo, sendo eliminados da Liga dos Campeões. Classificados depois de muito drama, Manchester United e Porto agora esperam pelo sorteio da UEFA para saber quem enfrentarão nas quartas de final da Champions League.
O duelo entre Paris Saint-Germain e Manchester United parecia sacramentado. Há três semanas, os franceses foram até a Inglaterra e derrotaram os ingleses por 2 a 0. Restou ao United a quase impossível missão de reverter o marcador jogando na França e sem alguns de seus principais jogadores, casos de Paul Pogba, Antony Martial e Alexis Sánchez.
Recheado de reservas, o Manchester surpreendeu a todos e conseguiu uma improvável vitória por 3 a 1, garantindo vaga nas quartas de final e eliminando o PSG, que mais uma vez fica pelo caminho e dá adeus a chance de conquistar o tão sonhado troféu europeu.
A classificação do United começou a ser construída logo no primeiro minuto. Kehrer falhou, foi recuar a bola para Thiago Silva, mas tocou mal. Esperto, Lukaku se antecipou, driblou Buffon e completou para o gol. O PSG, porém, não se intimidou com o gol tomado e foi para cima dos ingleses. O empate não demorou a vir. Aos 12 minutos, Dani Alves lançou Mbappé, que cruzou para Bernat completar para o gol. Daí em diante, só deu Paris. Os franceses viram Bernat, Mbappé e Di Maria assustarem o goleiro De Gea. Mas quem não faz, toma. Aos 30 minutos, o Manchester United voltou a frente, em uma rara falha do goleiro Buffon. De muito longe, Rashford arriscou um chute despretensioso. Buffon bateu roupa e soltou a bola nos pés de Lukaku, que completou para o gol.
O Manchester United foi para o segundo tempo vencendo por 2 a 1 e precisava de mais um gol para se classificar. Apesar disso, era o PSG quem parecia mais próximo de marcar. Di Maria chegou a balançar as redes aos 10 minutos, mas o gol foi bem anulado pelo VAR, uma vez que o argentino estava em posição de impedimento. Aos 38, o PSG perdeu nova chance de matar a partida. Mbappé recebeu cara a cara com De Gea, mas tropeçou na bola. Ela sobrou para Bernat, que finalizou na trave.
Já nos acréscimos da partida, um lance mudaria o rumo do confronto. Dalot arriscou um chute de fora da área, a bola desviou em Kimpembe e saiu para escanteio. O United já se preparava para cobrar o tiro de canto, quando o VAR entrou em ação. Damir Skomina foi chamado para rever o lance e acabou decidindo que Kimpembe deliberadamente desviou a bola com a mão, marcando pênalti para o Manchester United. O zagueiro francês estava de costas para a bola e a decisão foi bastante controversa. Rashford foi para a cobrança e bateu forte, vencendo Buffon, para marcar o gol da classificação dos ingleses.
No Estádio do Dragão, em Porto, a situação era a seguinte. Depois de perder por 2 a 1 para a Roma na Itália, a equipe portuguesa precisava de uma vitória simples para seguir viva na Liga dos Campeões. Se devolvesse o 2 a 1, a partida iria para a prorrogação. E foi exatamente isso o que aconteceu. O Porto devolveu o placar da ida e forçou o tempo extra. O jogo se encaminhava para as cobranças de pênalti, até que Florenzi cometeu um pênalti infantil nos minutos finais. Alex Telles chamou a responsabilidade e bateu com frieza para colocar o Porto nas quartas de final da Champions League.
Para tentar superar a Roma no Estádio do Dragão, o Porto escalou uma equipe titular com seis brasileiros. E foi um deles que abriu o placar em Portugal. Aos 25 minutos do primeiro tempo, Marega bateu cruzado e Tiquinho Soares apareceu livre dentro da área para completar para o gol vazio. A Roma respondeu ainda no primeiro tempo. Perotti invadiu a área e foi derrubado por Éder Militão. O capitão De Rossi bateu com categoria, deslocando Cassilas para empatar o jogo.
O Porto voltou a ficar à frente no placar no começo do segundo tempo, com o atacante Marega completando cruzamento de Corona. O resultado levou a decisão para a prorrogação. No tempo extra, Dzeko teve duas enormes chances de matar o confronto, uma atrás da outra. Na primeira, ele finalizou por cima. Na segunda, recebeu cara a cara com Cassilas, optou pela cavadinha, mas pegou fraco na bola, vendo Pepe salvar quase em cima da linha.
A partida caminhava para os pênaltis, até que restando três minutos para o final da prorrogação, Florenzi cometeu um pênalti infantil. Maxi Pereira bateu cruzado e Fernando – que não chegaria na bola – foi puxado por Florenzi. Após a intervenção do VAR, o árbitro Cuneyt Cakir confirmou a penalidade. Alex Telles chamou a responsabilidade, foi para a bola e bateu com enorme categoria, deslocando Olsen e colocando o Porto nas quartas de final da Liga dos Campeões.
Classificados para as quartas de final, Manchester United e Porto agora esperam pelo resultado do sorteio da UEFA, que acontecerá no dia 15 de março e definirá os duelos da próxima fase da Liga dos Campeões.
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