Boca Juniors empata com o Cruzeiro e está nas semis da Libertadores

O Boca Juniors é o quarto semifinalista da Copa Libertadores. Depois de vencer por 2 a 0 na Bombonera, a equipe argentina foi até o Mineirão, foi sufocada pelo Cruzeiro até certo ponto do jogo, mas arrancou um empate por 1 a 1 e se garantiu entre os quatro semifinalistas da competição continental. A Raposa saiu na frente no começo do segundo tempo, com Sassá, que havia acabado de entrar em campo. Depois de segurar a pressão do Cruzeiro pelo resto do jogo, o Boca ainda arrancou um empate no último minuto de jogo em Belo Horizonte, com o jovem atacante Pavón.

Assim como havia acontecido há duas semanas, o zagueiro Dedé voltou a ser expulso de campo. Naquele jogo, Dedé foi expulso de maneira equivocada, após um choque acidental que acabou lesionando o goleiro Andrada. A própria Conmebol reconheceu o erro do árbitro e concedeu ao Cruzeiro o direito de escalar o zagueiro no jogo de volta. No Mineirão, Dedé levou um amarelo por entrar com o pé alto em dividida com o goleiro Rossi, em lance que terminou em gol anulado de Barcos. Já no segundo tempo, o camisa 26 chegou atrasado em dividida, levou o segundo amarelo e foi expulso de campo.

CRUZEIRO FINALIZA APENAS UMA VEZ DURANTE TODO O PRIMEIRO TEMPO

Precisando vencer por três gols de diferença para avançar às semifinais da Copa Libertadores – ou a o menos devolver os 2 a 0 para forçar os pênaltis – o Cruzeiro não foi para o abafa na primeira etapa. Nervoso, o time mineiro errou muitos passes e terminou os 45 minutos iniciais com apenas uma finalização em direção ao gol defendido por Rossi. A finalização em questão foi um chute forte de Lucas Silva, de fora da área, que obrigou o arqueiro argentino a fazer boa intervenção, espalmando para escanteio. Além disso, a Raposa teve ainda o gol anulado de Barcos, por falta de Dedé no lance.

Já o Boca Juniors se fechava bem na defesa e apostava nos contra-ataques para surpreender a equipe brasileira. O atacante Villa era o mais acionado, mas os Xeneizes pouco arriscaram durante a etapa inicial. Ao final do primeiro tempo, os jogadores e a comissão técnica do Cruzeiro cercaram o trio de arbitragem para reclamar do polêmico gol anulado de Barcos, no último lance da primeira etapa.

SASSÁ ENTRA E COLOCA FOGO NO JOGO, MAS BOCA EMPATA NO FINALZINHO

Precisando desesperadamente de um gol para colocar fogo no jogo, a torcida do Cruzeiro começou a aclamar pela entrada de Sassá, já no início do segundo tempo. O pedido da massa cruzeirense foi atendido por Mano Menezes, que aos 13 minutos da etapa final, lançou o atacante no jogo. E logo em seu primeiro toque na bola, Sassá marcou para a Raposa. Ele entrou no lugar do volante Lucas Silva, que teve atuação muito apagada.

O gol animou o Cruzeiro, que cresceu no jogo. Mano Menezes ainda lançou Rafinha e Raniel no jogo, mas a Raposa não conseguia chegar ao segundo gol, que levaria a decisão para os pênaltis. Já nos acréscimos do segundo tempo, após chutão da defesa, Ábila ganhou pelo alto e deu uma casquinha na bola apostando na velocidade de Pavón, que ganhou na corrida de Léo e estufou a rede de Fábio.

BOCA JUNIORS REENCONTRA O PALMEIRAS NA SEMIFINAL DA LIBERTADORES

Adversários na fase de grupos da Copa Libertadores, Boca Juniors e Palmeiras voltarão a se enfrentar pelas semifinais da competição continental. Ainda pela fase de grupos, o Verdão derrotou o Boca Juniors em Buenos Aires e os dois ficaram no 1 a 1 em São Paulo. As datas dos confrontos de semifinais serão confirmadas pela Conmebol nos próximos dias. Pela outra semifinal da competição, River Plate e Grêmio se enfrentam. Teremos, portanto, as duas maiores equipes argentinas e duas das maiores equipes do Brasil em uma semifinal que promete ser de tirar o fôlego.

CRUZEIRO VOLTA A RECLAMAR DA ARBITRAGEM NO MINEIRÃO

É justo dizer que o Cruzeiro não ficou nada satisfeito com as atuações da arbitragem nos jogos de quartas de final da Copa Libertadores, diante do Boca Juniors. Irritados desde a absurda expulsão de Dedé, no jogo de ida, dirigentes, treinador e jogadores voltaram a soltar o verbo contra a arbitragem depois do empate no Mineirão, que teve gol anulado de Barcos e nova expulsão de Dedé.

- Sabíamos que seriam dois jogos grandes, difíceis, mas que tínhamos condições de passar. Um grande passa e o outro fica. Gostaria que apenas o jogo tivesse influenciado o resultado, estaria aqui parabenizando o meu adversário. No futebol tem que saber perder. Mas não foi o que aconteceu nestes 180 minutos. Todo mundo sabe o que aconteceu em Buenos Aires. Foi tão absurdo que a Conmebol até liberou o Dedé para o jogo da volta, isso é assumir o erro grosseiro que aconteceu. O jogo estava 1 a 0, poderia ter sido diferente aqui. E hoje aqui na minha opinião fizemos um gol legal, mal anulado. Saímos dessa forma e é isso que me deixa chateado. Não tenho nada a reclamar da minha equipe, vamos tocar a vida. – disse um frustrado Mano Menezes, em coletiva de imprensa após a eliminação do Cruzeiro, ainda no Mineirão.

Wagner Pires de Sá, presidente do Cruzeiro, foi outro a soltar o verbo contra a Conmebol, até de maneira mais acintosa do que o mais tranquilo Mano Menezes. O presidente se exaltou e chamou os mandatórios da Conmebol de “vagabundos”.

- Todos temos que ficar indignados. Enquanto o futebol brasileiro não se fortalecer, vamos ficar na mão. Ele segurou o time. A Conmebol protege time argentino. A vagabundagem que existe nesses caras é impressionante. Ou nós nos reunimos ou permanecemos nessa m****. – disparou o presidente da Raposa.

Eliminado da Copa Libertadores, o Cruzeiro agora foca os seus esforços na Copa do Brasil. A Raposa está na final da competição e enfrentará o Corinthians na decisão. O jogo de ida acontece na próxima quarta-feira, dia 10 de outubro, no Mineirão, com o segundo e decisivo duelo marcado para o dia 17 de outubro, na Arena Corinthians, em São Paulo.