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Notícias Esportivas
05 Dezembro 2018por Fernando Verchai
Após uma longa viagem de oito horas até a Colômbia, o Atlético Paranaense chegou para disputar a final da Copa Sul-Americana contra o Junior Barranquilla. A equipe paranaense já treinou nesta terça-feira, e nesta quarta encara o time colombiano para tentar conquistar na semana que vem ao lado da sua torcida na Arena da Baixada o seu primeiro título internacional. Vale destacar que o Furacão vem para este duelo com uma confiança depois de ter ganho do Flamengo no Maracanã pelo Campeonato Brasileiro, e o técnico Tiago Nunes, mesmo tendo Renan Lodi, Marcelo Cirino e Lucho Gonzalez pendurados (não podem levar cartão amarelo pois senão estão fora do jogo de volta) vem com força total para este primeiro jogo da grande final da competição continental.
Vale destacar que a Copa Sul-Americana foi tratada com certo “desdém” no começo pelos clubes brasileiros, mas depois foi ganhando importância, já que o campeão da Copa Sul-Americana garante vaga para a Copa Libertadores da América. Recentemente também foi feita uma “fusão” entre as duas competições, já que os terceiros colocados da fase de grupos da Libertadores passam para o mata-mata da Copa Sul-Americana. Alguns clubes brasileiros chegaram até a final e não conseguiram o título, como por exemplo o Flamengo no ano passado que chegou à grande final contra o Independiente, mas depois de ter perdido por 2 a 1 na Argentina, ficou apenas no empate por 1 a 1 no Maracanã e não conseguiu ser campeão. O Fluminense também teve história parecida e em 2009 perdeu a final para a LDU do Equador (o time carioca já havia perdido o título da Copa Libertadores para a mesma LDU em 2008). Ponte Preta e Goiás também chegaram à final da competição, mas perderam o título. A Ponte perdeu para o time argentino Lanús, e já o Goiás teve mais chance em 2010, quando venceu o Independiente por 2 a 0 no Brasil, mas no jogo da volta perdeu por 3 a 1 (lembrando que na final da Copa Sul-Americana não tem o gol fora) e então o time goiano perdeu para os argentinos nos pênaltis. Já os campeões foram o Internacional, que em 2008 derrotou o Estudiantes de La Plata em um jogo no Beira Rio, o São Paulo, que em 2012 venceu o Tigres na final, e em 2016 a Chapecoense – o time catarinense infelizmente teve o acidente com seus jogadores e comissão e a CONMEBOL decidiu dar o título para a Chape, colocando em cima de seu escudo uma estrela branca para representar a conquista.
É fato de que o estádio estará lotado nesta quarta-feira por torcedores do Junior Barranquilla, e os torcedores atleticanos esperam que a equipe possa voltar com um bom resultado jogando fora de casa. O Junior Barranquilla já enfrentou várias equipes brasileiras de 2016 para cá, e o destaque são para duelos contra Palmeiras e Flamengo. Contra o time de Luis Felipe Scolari, a equipe colombiana perdeu os dois duelos – em casa por 3 a 0 e depois no Allianz Parque por 3 a 1, e acabou ficando atrás do Boca Juniors na classificação e foi para a Copa Sul-Americana. Já contra o Flamengo, pela semi-final da Copa Sul-Americana do ano passado, o Junior Barranquilla perdeu no Maracanã por 2 a 1 e depois também perdeu o jogo da volta na Colômbia por 2 a 0. O que mais foi possível perceber na equipe colombiana é a velocidade. Os jogadores são muitos rápidos e procuram o flanco do campo para fazer suas jogadas mais perigosas de ataque. Vale destacar que Chará foi muito importante para o time, porém foi vendido ao Atlético Mineiro nesta temporada. Outro ídolo da equipe é Teo Gutiérrez, que é uma referência dentro e fora de campo, mas não joga a primeira partida por estar suspenso (foi expulso no segundo jogo da semifinal contra o Santa Fé). O Atlético então tem um jogo bem difícil nesta quarta-feira e precisa também explorar a velocidade do seu setor ofensivo, principalmente com Marcelo Cirino que é um velocista. Raphael Veiga e Pablo também serão importantíssimos para a equipe de Curitiba, já que costumam fazer gols importantes. O primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana será nesta quarta-feira na Colômbia, e na outra quarta será a grande decisão na Arena da Baixada, na capital paranaense.
O Furacão provou que tem um bom time e com seu treinador Tiago Nunes eliminou boas equipes para chegar até a grande decisão da Copa Sul-Americana. A vitória contra o Peñarol por exemplo (onde o Atlético venceu fora de casa os uruguaios por 4 a 1) mostrou que a equipe possui um grande sistema ofensivo. Nas quartas e semifinais encarou duas equipes brasileiras. Contra o Bahia venceu nos pênaltis, após uma vitória na Arena Fonte Nova por 1 a 0 e perder pelo mesmo placar na Arena da Baixada, o Atlético Paranaense deu grande emoção ao seu torcedor e nas penalidades conseguiu superar o time baiano. Já nas semis encarou o Fluminense, em dois grandes jogos. Primeiro jogando em casa o Atlético venceu a partida por 2 a 0, com grande participação da torcida atleticana. Já no jogo da volta no Maracanã o Furacão mostrou mais uma vez sua força e conseguiu superar a equipe carioca em um duelo na qual venceu pelos mesmos 2 a 0. Tiago Nunes foi uma peça fundamental para mudar o espírito da equipe paranaense, já que quando chegou ao time o Atlético estava na zona de rebaixamento do Brasileirão, e o treinador além de fazer com que a equipe subisse de rendimento no Campeonato Brasileiro, levou o Furacão à grande decisão da Copa Sul-Americana. Esse time competitivo do Atlético pode marcar seu nome na história se vencer a competição continental, e o torcedor acredita fielmente que isso é possível e irá lotar a Arena da Baixada na quarta-feira da semana que vem.
Jogadores do Atlético-PR fazem reconhecimento do campo de jogo na Colômbia. (Foto: Luis Rodríguez Lezama)
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